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V.

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entre tentativas desenfreadas de entender tecnicamente e neurologicamente tudo que permeia minha vida, minhas reflexões e a maneira que sinto, estão lá, no meio disso tudo, os pensamentos sombrios que outrora estavam adormecidos. a árvore caindo, o ônibus virando, o choque através do fio desencapado. são pensamentos ligados ao terrível estado de depressão iluminado por essas luzes de natal que eu gostaria de poder quebrar uma por uma. não pedi por esse banquete sentimental, não valorizo o sentir intensamente como meio de sentir-me viva. me recuso, te recuso. músicas estourando na minha cabeça e eu recusando. recuso tudo. não sei o que mereço, mas não há anjo que me diga, mesmo em sonho, mesmo afavelmente, que saberei ou preciso saber lidar com as atrocidades que eles enxergam com calma e normalidade. minha cavalaria está a postos para lutar por honestidade. não, eu não vou achar normal. eu me recuso. e que a árvore me esmague, que o ônibus me quebre e que o choque me queime, eu nunca me importei e mesmo assim não houve um segundo sequer de ingratidão, pois sou mestre em ter em potes concepções só minhas (e te convenço se assim quiser). são puras, pois veja bem tudo o que tenho que passar para compreender coisas, essas coisas, são tantas coisas, meu Deus, eu não aguento mais as coisas.

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