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eta vida

  • V.
  • 3 de abr.
  • 1 min de leitura

não conto minha rotina. volta e meia faço coisas que ninguém, nunca, vai saber. caminho, sorrio, vejo espelhos. quando emudeço fico invisível, perco a alma. é bom também. inaptidão, palavra safada. é armadilha do ego, então corro alguns metros até ficar sem ar. um cachorro passa, será que pisei em alguma barata? tudo volta. corro mais. penso que há câmeras, penso naquela biografia da mulher de 37 dizendo que a lucidez ficava na corda bamba naquele setênio. ir até o limite, não quero aquietar. já vivi uma vida, agora quero outra. incrivelmente sinto falta do meu sorriso cínico. só isso. a inocência da juventude, gargalhadas que senhoras de 60 dariam se eu lhes falasse de mim. números, fases, crises são transição, eles dizem. crises são transição? há tempo de consistência? é engraçado ter que querer de novo, agora pensando totalmente consciente. não que eu me ache, mas não quero morrer abraçando um cavalo na chuva. quero ser o diabo do cavalo.

 
 
 

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