minha terceira mestra surgiu profissionalmente em minha vida, sendo inserida aos poucos, porém com enorme rapidez do despertar de uma curiosidade tranquila em mim. a priori a comunicação virtual chegava com certo tom de grosseria. tom eletrônico das pontuações. confesso que pensava sobre todos os estereótipos ruins atrelados a ela. não me lembro a primeira vez que simplesmente comecei a escutar suas frases cheias de conhecimento, seguras e coladas umas nas outras. as ideias correm no cérebro dela como um rio em dia de ventania. em certos momentos respiro bem fundo sentindo saudades do silêncio, mas logo me vejo respondendo suas perguntas tão infantis (iguais as que eu faço) e falando mais do que o normal para um dia de semana sóbrio. minha última descoberta sobre seu mundo foi sentir o cuidado que ela tem com quem gosta. os outros que expuseram suas opiniões sobre ela a acham ranzinza e pedante. eles não enxergam o pragmatismo e boa vontade dela. preferem repudiar ou zombar do diferente. ela não sabe mentir (mas aumenta muito as histórias), é pequena, bem miudinha, observadora e plural. fala com força, do jeito que uma pessoa fala quando já maturou muito aquela ideia. ao mesmo tempo há algo que mostra que está aberta a escutar, com muito esforço, mas está. prefiro não pensar em críticas. esse é um rio da aprendizagem. há tempos eu não sentia tanta verdade em alguém.
V.
a guru falante
Atualizado: 28 de jan. de 2022
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