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V.

Um vinho com Sylvia Plath

Minha época explicita minha limitação

E também mostra as amarras patriarcais

Joga em minha cara o desejo por uma revolução

Sobre coisas das quais não acredito mais


A criação no peito de outrem, tão ingrata

A mulher amarrada ao vício que não é seu

O leite não sugado restando somente a nata

Trouxe-me o desejo de compreender o que não é meu


Das rimas mais estúpidas já escritas

Dos quadros mais feios já feitos

Das palavras mais duras já ditas

Dos pêlos que grudaram em meu peito


Tudo isso não basta pela iluminação

De me reconhecer como jogadora

Bato o pé firme de malcriação

Digo ao mundo que sou dominadora




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